“Principalmente, os profissionais autônomos, aguardam o Programa RENOVAR, que está em discussão entre o Governo e as entidades do setor, e que visa promover a renovação gradativa da frota. Ou seja, eles irão trocar os caminhões de mais de 20 anos, por um de 15 anos; ou um de mais de 15 anos por um de 10 anos e assim sucessivamente”, comentou Andreta Jr.
Parece ser um projeto interessante esse. Achei aqui de uma fonte mais confiável com mais informações (além do Decreto ano passado, mas não sei se tem mais validade).
Sim, mas mesmo uma renovação da frota, tirando as carcaças antigas rodando por aí, já dá uma boa diminuição na emissão de carbono atual (e provavelmente diminui acidentes de trânsito). Não é um mal programa a curto prazo.
@ProzacGabriel minha preocupação nao é so a emissao de carbono, mas a a confiabilidade e custo de um sistema ferroviario, que parecem ser melhores que rodoviario
O custo ferroviário só é menor quando já tem ferrovias, portos secos e etc. Mas o custo pra FAZER as ferrovias é estupidamente gigante comparado à mixaria pra fazer asfalto.
O asfalto mal chegou nalgumas regiões, ainda é coisa extremamente ausente no país, tá todo concentrado no litoral enquanto boa parte da demanda por transporte de carga está extremamente longe do litoral e das capitais.
E como trem de carga não pode parar em cada estação a cada 50km igual no século 19, precisa ter porto seco (Ou estação de transbordo) a cada 200-300km, precisa então IGUAL ter uma malha enorme asfaltada (Nada de estradinha de terra, isso é que envelhece caminhão) pros caminhões fazerem essas etapas de ligação.
Fora a demora por ferrovia, se fizer 200km numa década é muito, asfalto além de custar só uma fração por km, dá pra resolver 200km em 2-3 anos (E dá pra rodar com só parte do asfalto pronto, mas trem só fica útil quando TODO o trajeto está completo).
Ferrovia é o ideal mas não é o real, não dá pra deixar o país parado 15 anos enquanto uma porcaria de via de R$ 400 bilhões é construída, até isso ser terminado a dinâmica da logística terá mudado,as ferrovias do café em SP viraram lixo porque a dinâmica do café mudou em poucas décadas, ferrovia é engessada demais pra dinâmica que regiões em desenvolvimento (Interior, não as capitais) passam ao longo de 10 ou 20 anos, em 20 anos a logística na minha região mudou umas 3 vezes, um modal engessado e limitado ao trajeto original é um problemão.
o problema é ficam querendo que o estado faça as coisas e não iniciativas privadas, o governo não tem obrigação de dar lucro. Empresas tem portanto so farão investimentos com estimativas de retorno. A alimentação do brasil ser todo baseado em uma so frente. É de todo absurdo.
O rátio dos EUA de rodovia versus ferrovia acho que é 40:1, ou seja, pra cada km de ferrovia tem 40km de rodovia.
O Brasil tem só 14km de rodovia por km de ferrovia.
(Ou o rátio é 25:1 e 7:1 respectivamente nos EUA e Brasil? Agora a memória falhou mas é uma diferença enorme assim, países ricos tem percentualmente MUUUUITO mais rodovia que ferrovia comparado ao Brasil, 300% a mais é muita diferença!)
Então esse investimento relativamente dosado já existe, tem pouca ferrovia simplesmente porque tem POUQUÍSSIMA rodovia, nunca houve investimento pesado em transporte nenhum, a legislação inclusive sempre ATRAPALHA a criação de hidrovias, não apenas o estado não ajuda como a legislação atrapalha.
País de dimensão grande só tem efeito em logística quando faz trajetos BEM longos, precisa ferrovia de 3000km, não uma mini-ligação de 30km entre porto e cidade, e fazer 3000km em qualquer país exceto a China é coisa pra décadas. O Brasil ficou décadas sem investir em ferrovias mas também ficou décadas sem investir DIREITO em rodovias, tem estado que nos anos 90 inteiros mal teve 1000km de asfalto, em década que só a cidade de SP deve ter feito 4000km de asfalto. Parece que houve predileção por asfalto mas na verdade foi se asfaltando vias pra ver se chegaríamos nos anos 60 ao nível de asfaltamento que os EUA ou a Europa estavam nos anos 20, no máximo essa concentração de investimento diminuiu atrasos, não TIROU atraso, ainda estamos atrasados pra caralho em matéria de rodovias (As ferrovias só estão no lugar errado, estão onde eram necessárias em 1940, não onde são necessárias em 2023), mas em percentual ou rátio temos sim um histórico ótimo de percentual investido em ferrovias. SE tivéssemos investido 40x, ou 25x, mais em rodovias, como os EUA fizeram, aí sim daria pra dizer que o Brasil fez lobby pesado pelo asfalto, mas olhando os ratios assim a impressão que dá é que fizemos o que todo pobre faz, investimos na solução que cabia no bolso, não na solução que em 20 ou 40 anos dará maior retorno, pobre tem que se preocupar com coisas mais imediatas.
Eu já vou mais além e digo que o principal problema é nosso modelo de indústrias enormes concentradas em poucas regiões.
Pra produtos muito complexos, não tem jeito, mas pra coisas como alimentos e vestuário, a gente poderia descentralizar a produção, incentivando os micro produtores e pequena indústria. Assim, as distâncias seriam encurtadas e os volumes de carga, reduzidos.
Aí iria precisar de menos transporte, e a logística ficaria muito mais facilitada.
Parece ser um projeto interessante esse. Achei aqui de uma fonte mais confiável com mais informações (além do Decreto ano passado, mas não sei se tem mais validade).
@ProzacGabriel @rubem o certo era descobrir como fazer a transição dos caminhoneiros pra outras áreas enquanto investem em trens e ferrovias
Sim, mas mesmo uma renovação da frota, tirando as carcaças antigas rodando por aí, já dá uma boa diminuição na emissão de carbono atual (e provavelmente diminui acidentes de trânsito). Não é um mal programa a curto prazo.
@ProzacGabriel minha preocupação nao é so a emissao de carbono, mas a a confiabilidade e custo de um sistema ferroviario, que parecem ser melhores que rodoviario
O custo ferroviário só é menor quando já tem ferrovias, portos secos e etc. Mas o custo pra FAZER as ferrovias é estupidamente gigante comparado à mixaria pra fazer asfalto.
O asfalto mal chegou nalgumas regiões, ainda é coisa extremamente ausente no país, tá todo concentrado no litoral enquanto boa parte da demanda por transporte de carga está extremamente longe do litoral e das capitais.
E como trem de carga não pode parar em cada estação a cada 50km igual no século 19, precisa ter porto seco (Ou estação de transbordo) a cada 200-300km, precisa então IGUAL ter uma malha enorme asfaltada (Nada de estradinha de terra, isso é que envelhece caminhão) pros caminhões fazerem essas etapas de ligação.
Fora a demora por ferrovia, se fizer 200km numa década é muito, asfalto além de custar só uma fração por km, dá pra resolver 200km em 2-3 anos (E dá pra rodar com só parte do asfalto pronto, mas trem só fica útil quando TODO o trajeto está completo).
Ferrovia é o ideal mas não é o real, não dá pra deixar o país parado 15 anos enquanto uma porcaria de via de R$ 400 bilhões é construída, até isso ser terminado a dinâmica da logística terá mudado,as ferrovias do café em SP viraram lixo porque a dinâmica do café mudou em poucas décadas, ferrovia é engessada demais pra dinâmica que regiões em desenvolvimento (Interior, não as capitais) passam ao longo de 10 ou 20 anos, em 20 anos a logística na minha região mudou umas 3 vezes, um modal engessado e limitado ao trajeto original é um problemão.
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o problema é ficam querendo que o estado faça as coisas e não iniciativas privadas, o governo não tem obrigação de dar lucro. Empresas tem portanto so farão investimentos com estimativas de retorno. A alimentação do brasil ser todo baseado em uma so frente. É de todo absurdo.
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O rátio dos EUA de rodovia versus ferrovia acho que é 40:1, ou seja, pra cada km de ferrovia tem 40km de rodovia.
O Brasil tem só 14km de rodovia por km de ferrovia.
(Ou o rátio é 25:1 e 7:1 respectivamente nos EUA e Brasil? Agora a memória falhou mas é uma diferença enorme assim, países ricos tem percentualmente MUUUUITO mais rodovia que ferrovia comparado ao Brasil, 300% a mais é muita diferença!)
Então esse investimento relativamente dosado já existe, tem pouca ferrovia simplesmente porque tem POUQUÍSSIMA rodovia, nunca houve investimento pesado em transporte nenhum, a legislação inclusive sempre ATRAPALHA a criação de hidrovias, não apenas o estado não ajuda como a legislação atrapalha.
País de dimensão grande só tem efeito em logística quando faz trajetos BEM longos, precisa ferrovia de 3000km, não uma mini-ligação de 30km entre porto e cidade, e fazer 3000km em qualquer país exceto a China é coisa pra décadas. O Brasil ficou décadas sem investir em ferrovias mas também ficou décadas sem investir DIREITO em rodovias, tem estado que nos anos 90 inteiros mal teve 1000km de asfalto, em década que só a cidade de SP deve ter feito 4000km de asfalto. Parece que houve predileção por asfalto mas na verdade foi se asfaltando vias pra ver se chegaríamos nos anos 60 ao nível de asfaltamento que os EUA ou a Europa estavam nos anos 20, no máximo essa concentração de investimento diminuiu atrasos, não TIROU atraso, ainda estamos atrasados pra caralho em matéria de rodovias (As ferrovias só estão no lugar errado, estão onde eram necessárias em 1940, não onde são necessárias em 2023), mas em percentual ou rátio temos sim um histórico ótimo de percentual investido em ferrovias. SE tivéssemos investido 40x, ou 25x, mais em rodovias, como os EUA fizeram, aí sim daria pra dizer que o Brasil fez lobby pesado pelo asfalto, mas olhando os ratios assim a impressão que dá é que fizemos o que todo pobre faz, investimos na solução que cabia no bolso, não na solução que em 20 ou 40 anos dará maior retorno, pobre tem que se preocupar com coisas mais imediatas.
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Eu já vou mais além e digo que o principal problema é nosso modelo de indústrias enormes concentradas em poucas regiões.
Pra produtos muito complexos, não tem jeito, mas pra coisas como alimentos e vestuário, a gente poderia descentralizar a produção, incentivando os micro produtores e pequena indústria. Assim, as distâncias seriam encurtadas e os volumes de carga, reduzidos.
Aí iria precisar de menos transporte, e a logística ficaria muito mais facilitada.