Sim, mas mesmo uma renovação da frota, tirando as carcaças antigas rodando por aí, já dá uma boa diminuição na emissão de carbono atual (e provavelmente diminui acidentes de trânsito). Não é um mal programa a curto prazo.
@ProzacGabriel minha preocupação nao é so a emissao de carbono, mas a a confiabilidade e custo de um sistema ferroviario, que parecem ser melhores que rodoviario
O custo ferroviário só é menor quando já tem ferrovias, portos secos e etc. Mas o custo pra FAZER as ferrovias é estupidamente gigante comparado à mixaria pra fazer asfalto.
O asfalto mal chegou nalgumas regiões, ainda é coisa extremamente ausente no país, tá todo concentrado no litoral enquanto boa parte da demanda por transporte de carga está extremamente longe do litoral e das capitais.
E como trem de carga não pode parar em cada estação a cada 50km igual no século 19, precisa ter porto seco (Ou estação de transbordo) a cada 200-300km, precisa então IGUAL ter uma malha enorme asfaltada (Nada de estradinha de terra, isso é que envelhece caminhão) pros caminhões fazerem essas etapas de ligação.
Fora a demora por ferrovia, se fizer 200km numa década é muito, asfalto além de custar só uma fração por km, dá pra resolver 200km em 2-3 anos (E dá pra rodar com só parte do asfalto pronto, mas trem só fica útil quando TODO o trajeto está completo).
Ferrovia é o ideal mas não é o real, não dá pra deixar o país parado 15 anos enquanto uma porcaria de via de R$ 400 bilhões é construída, até isso ser terminado a dinâmica da logística terá mudado,as ferrovias do café em SP viraram lixo porque a dinâmica do café mudou em poucas décadas, ferrovia é engessada demais pra dinâmica que regiões em desenvolvimento (Interior, não as capitais) passam ao longo de 10 ou 20 anos, em 20 anos a logística na minha região mudou umas 3 vezes, um modal engessado e limitado ao trajeto original é um problemão.
o problema é ficam querendo que o estado faça as coisas e não iniciativas privadas, o governo não tem obrigação de dar lucro. Empresas tem portanto so farão investimentos com estimativas de retorno. A alimentação do brasil ser todo baseado em uma so frente. É de todo absurdo.
O rátio dos EUA de rodovia versus ferrovia acho que é 40:1, ou seja, pra cada km de ferrovia tem 40km de rodovia.
O Brasil tem só 14km de rodovia por km de ferrovia.
(Ou o rátio é 25:1 e 7:1 respectivamente nos EUA e Brasil? Agora a memória falhou mas é uma diferença enorme assim, países ricos tem percentualmente MUUUUITO mais rodovia que ferrovia comparado ao Brasil, 300% a mais é muita diferença!)
Então esse investimento relativamente dosado já existe, tem pouca ferrovia simplesmente porque tem POUQUÍSSIMA rodovia, nunca houve investimento pesado em transporte nenhum, a legislação inclusive sempre ATRAPALHA a criação de hidrovias, não apenas o estado não ajuda como a legislação atrapalha.
País de dimensão grande só tem efeito em logística quando faz trajetos BEM longos, precisa ferrovia de 3000km, não uma mini-ligação de 30km entre porto e cidade, e fazer 3000km em qualquer país exceto a China é coisa pra décadas. O Brasil ficou décadas sem investir em ferrovias mas também ficou décadas sem investir DIREITO em rodovias, tem estado que nos anos 90 inteiros mal teve 1000km de asfalto, em década que só a cidade de SP deve ter feito 4000km de asfalto. Parece que houve predileção por asfalto mas na verdade foi se asfaltando vias pra ver se chegaríamos nos anos 60 ao nível de asfaltamento que os EUA ou a Europa estavam nos anos 20, no máximo essa concentração de investimento diminuiu atrasos, não TIROU atraso, ainda estamos atrasados pra caralho em matéria de rodovias (As ferrovias só estão no lugar errado, estão onde eram necessárias em 1940, não onde são necessárias em 2023), mas em percentual ou rátio temos sim um histórico ótimo de percentual investido em ferrovias. SE tivéssemos investido 40x, ou 25x, mais em rodovias, como os EUA fizeram, aí sim daria pra dizer que o Brasil fez lobby pesado pelo asfalto, mas olhando os ratios assim a impressão que dá é que fizemos o que todo pobre faz, investimos na solução que cabia no bolso, não na solução que em 20 ou 40 anos dará maior retorno, pobre tem que se preocupar com coisas mais imediatas.
Eu já vou mais além e digo que o principal problema é nosso modelo de indústrias enormes concentradas em poucas regiões.
Pra produtos muito complexos, não tem jeito, mas pra coisas como alimentos e vestuário, a gente poderia descentralizar a produção, incentivando os micro produtores e pequena indústria. Assim, as distâncias seriam encurtadas e os volumes de carga, reduzidos.
Aí iria precisar de menos transporte, e a logística ficaria muito mais facilitada.
Eu veja essa diluição da industria pelos interiores já ocorrendo na última década. Aí o problema vira a falta de crescimento nas metrópoles, elas vão perdendo industrias (Não que a indústria migre pro interior, ela vai a falência mesmo, e outra de outro setor abre no interior) e portanto perdendo riqueza média (Empregos, arrecadação de prefeituras e etc).
Com os derivados do agronegócio e da mineração é exatamente isso, esse setor não precisa muita coisa de industrias hoje no litoral ou capitais (Tem algumas que são só beneficiamento, como adubos, é só misturador, tá perto de porto pra reduzir frete, não porque é um ponto estratégico que gera menor custo), as industrias que abrem toda semana ligadas à esses setores tá nos interiores, há um boom de crescimento e riqueza nessas regiões, pessoal de metrópole vê desindustrialização no país quando na real ela tá ocorrendo é na vizinhança deles, em outras vizinhanças tá ocorrendo CRIAÇÃO de novas industrias.
Outra questão é que uma indústria trilionária que constrói e já abre gigante e fazendo produto complexo não existe, ela começa com serviço simples, expande aos poucos. No caso de soja, a indústria que ainda FALTA aos milhares é uma simples esmagadora de soja, só pra gerar óleo pra um lado e farelo pro outro, é bem básica, mas é o passo INICIAL da industrialização desse commoditie. Quem sonha em uma industria de R$ 50 bilhões construída do zero pra encher todo supermercado de tofu tá com merda na cabeça, indústria não nasce grande, ela VIRA grande ao longo de DÉCADAS, quem reclama que commoditie é exportado sem industrialização tá resmungando de besta, o país ainda tá num nível de pobreza que nem tem simples GALPÃO pra guardar toda a produção (Aqui nessa época o que mais vende é lona, pra proteger os grãos colhidos de milho da chuva e cia, porque NÃO TEM armazenamento pra nem metade da produção local).
Se falta grana pra um mísero galpão de R$ 500 mil, imagina a grana que falta pra uma indústria simples de R$ 8-10 milhões! Só mega-ricos que tem fazendas conseguem separar R$ 10 milhões e fazer isso, os outros 99,8% dos produtores só tem grana pra produzir e vender, nem tem grana pra ARMAZENAR, que é uma coisa ultra-simples.
Pessoal acha que ter hillux é ter dinheiro, mas isso nem faz cócegas no custo necessário pra manter armazenado toda a produção de uma fazenda mediana, e pra industrializar essa produção, precisa ter milhares de hillux na garagem pra dizer que tem dinheiro só pra essas coisas ultra simples: Armazenar e esmagar soja (Ou armazenar e triturar milho, ou armazenar e fazer etanol com o milho, ou montar usina pra cana, ou pra armazenar e beneficiar algodão, enfim, pra vender o produto industrializado e não in natura por preço baixo), e… a pessoa mais rica que conheço no máximo tem 3 hillux, falta uma 997 delas pra dizer que ele teria capital pra montar agroindústria pra exportação.
Sim, mas mesmo uma renovação da frota, tirando as carcaças antigas rodando por aí, já dá uma boa diminuição na emissão de carbono atual (e provavelmente diminui acidentes de trânsito). Não é um mal programa a curto prazo.
@ProzacGabriel minha preocupação nao é so a emissao de carbono, mas a a confiabilidade e custo de um sistema ferroviario, que parecem ser melhores que rodoviario
O custo ferroviário só é menor quando já tem ferrovias, portos secos e etc. Mas o custo pra FAZER as ferrovias é estupidamente gigante comparado à mixaria pra fazer asfalto.
O asfalto mal chegou nalgumas regiões, ainda é coisa extremamente ausente no país, tá todo concentrado no litoral enquanto boa parte da demanda por transporte de carga está extremamente longe do litoral e das capitais.
E como trem de carga não pode parar em cada estação a cada 50km igual no século 19, precisa ter porto seco (Ou estação de transbordo) a cada 200-300km, precisa então IGUAL ter uma malha enorme asfaltada (Nada de estradinha de terra, isso é que envelhece caminhão) pros caminhões fazerem essas etapas de ligação.
Fora a demora por ferrovia, se fizer 200km numa década é muito, asfalto além de custar só uma fração por km, dá pra resolver 200km em 2-3 anos (E dá pra rodar com só parte do asfalto pronto, mas trem só fica útil quando TODO o trajeto está completo).
Ferrovia é o ideal mas não é o real, não dá pra deixar o país parado 15 anos enquanto uma porcaria de via de R$ 400 bilhões é construída, até isso ser terminado a dinâmica da logística terá mudado,as ferrovias do café em SP viraram lixo porque a dinâmica do café mudou em poucas décadas, ferrovia é engessada demais pra dinâmica que regiões em desenvolvimento (Interior, não as capitais) passam ao longo de 10 ou 20 anos, em 20 anos a logística na minha região mudou umas 3 vezes, um modal engessado e limitado ao trajeto original é um problemão.
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o problema é ficam querendo que o estado faça as coisas e não iniciativas privadas, o governo não tem obrigação de dar lucro. Empresas tem portanto so farão investimentos com estimativas de retorno. A alimentação do brasil ser todo baseado em uma so frente. É de todo absurdo.
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O rátio dos EUA de rodovia versus ferrovia acho que é 40:1, ou seja, pra cada km de ferrovia tem 40km de rodovia.
O Brasil tem só 14km de rodovia por km de ferrovia.
(Ou o rátio é 25:1 e 7:1 respectivamente nos EUA e Brasil? Agora a memória falhou mas é uma diferença enorme assim, países ricos tem percentualmente MUUUUITO mais rodovia que ferrovia comparado ao Brasil, 300% a mais é muita diferença!)
Então esse investimento relativamente dosado já existe, tem pouca ferrovia simplesmente porque tem POUQUÍSSIMA rodovia, nunca houve investimento pesado em transporte nenhum, a legislação inclusive sempre ATRAPALHA a criação de hidrovias, não apenas o estado não ajuda como a legislação atrapalha.
País de dimensão grande só tem efeito em logística quando faz trajetos BEM longos, precisa ferrovia de 3000km, não uma mini-ligação de 30km entre porto e cidade, e fazer 3000km em qualquer país exceto a China é coisa pra décadas. O Brasil ficou décadas sem investir em ferrovias mas também ficou décadas sem investir DIREITO em rodovias, tem estado que nos anos 90 inteiros mal teve 1000km de asfalto, em década que só a cidade de SP deve ter feito 4000km de asfalto. Parece que houve predileção por asfalto mas na verdade foi se asfaltando vias pra ver se chegaríamos nos anos 60 ao nível de asfaltamento que os EUA ou a Europa estavam nos anos 20, no máximo essa concentração de investimento diminuiu atrasos, não TIROU atraso, ainda estamos atrasados pra caralho em matéria de rodovias (As ferrovias só estão no lugar errado, estão onde eram necessárias em 1940, não onde são necessárias em 2023), mas em percentual ou rátio temos sim um histórico ótimo de percentual investido em ferrovias. SE tivéssemos investido 40x, ou 25x, mais em rodovias, como os EUA fizeram, aí sim daria pra dizer que o Brasil fez lobby pesado pelo asfalto, mas olhando os ratios assim a impressão que dá é que fizemos o que todo pobre faz, investimos na solução que cabia no bolso, não na solução que em 20 ou 40 anos dará maior retorno, pobre tem que se preocupar com coisas mais imediatas.
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Eu já vou mais além e digo que o principal problema é nosso modelo de indústrias enormes concentradas em poucas regiões.
Pra produtos muito complexos, não tem jeito, mas pra coisas como alimentos e vestuário, a gente poderia descentralizar a produção, incentivando os micro produtores e pequena indústria. Assim, as distâncias seriam encurtadas e os volumes de carga, reduzidos.
Aí iria precisar de menos transporte, e a logística ficaria muito mais facilitada.
Eu veja essa diluição da industria pelos interiores já ocorrendo na última década. Aí o problema vira a falta de crescimento nas metrópoles, elas vão perdendo industrias (Não que a indústria migre pro interior, ela vai a falência mesmo, e outra de outro setor abre no interior) e portanto perdendo riqueza média (Empregos, arrecadação de prefeituras e etc).
Com os derivados do agronegócio e da mineração é exatamente isso, esse setor não precisa muita coisa de industrias hoje no litoral ou capitais (Tem algumas que são só beneficiamento, como adubos, é só misturador, tá perto de porto pra reduzir frete, não porque é um ponto estratégico que gera menor custo), as industrias que abrem toda semana ligadas à esses setores tá nos interiores, há um boom de crescimento e riqueza nessas regiões, pessoal de metrópole vê desindustrialização no país quando na real ela tá ocorrendo é na vizinhança deles, em outras vizinhanças tá ocorrendo CRIAÇÃO de novas industrias.
Outra questão é que uma indústria trilionária que constrói e já abre gigante e fazendo produto complexo não existe, ela começa com serviço simples, expande aos poucos. No caso de soja, a indústria que ainda FALTA aos milhares é uma simples esmagadora de soja, só pra gerar óleo pra um lado e farelo pro outro, é bem básica, mas é o passo INICIAL da industrialização desse commoditie. Quem sonha em uma industria de R$ 50 bilhões construída do zero pra encher todo supermercado de tofu tá com merda na cabeça, indústria não nasce grande, ela VIRA grande ao longo de DÉCADAS, quem reclama que commoditie é exportado sem industrialização tá resmungando de besta, o país ainda tá num nível de pobreza que nem tem simples GALPÃO pra guardar toda a produção (Aqui nessa época o que mais vende é lona, pra proteger os grãos colhidos de milho da chuva e cia, porque NÃO TEM armazenamento pra nem metade da produção local).
Se falta grana pra um mísero galpão de R$ 500 mil, imagina a grana que falta pra uma indústria simples de R$ 8-10 milhões! Só mega-ricos que tem fazendas conseguem separar R$ 10 milhões e fazer isso, os outros 99,8% dos produtores só tem grana pra produzir e vender, nem tem grana pra ARMAZENAR, que é uma coisa ultra-simples.
Pessoal acha que ter hillux é ter dinheiro, mas isso nem faz cócegas no custo necessário pra manter armazenado toda a produção de uma fazenda mediana, e pra industrializar essa produção, precisa ter milhares de hillux na garagem pra dizer que tem dinheiro só pra essas coisas ultra simples: Armazenar e esmagar soja (Ou armazenar e triturar milho, ou armazenar e fazer etanol com o milho, ou montar usina pra cana, ou pra armazenar e beneficiar algodão, enfim, pra vender o produto industrializado e não in natura por preço baixo), e… a pessoa mais rica que conheço no máximo tem 3 hillux, falta uma 997 delas pra dizer que ele teria capital pra montar agroindústria pra exportação.