E ae, galera… Eu, ex-ateu e hoje agnóstico, não gosto muito de falar de religião com as pessoas, pq religião e futebol faz as pessoas se transformarem (ou mostrar a verdadeira cara, como queiram).
Mas, não escapei de um parente. Certo dia, num encontro de família, esse parente (evangélico bem radical) começou a falar de religião com toda a mesa. Eu revirei os olhos discretamente e fingi não prestar atenção… Pq eu sabia exatamente onde aquela discussão iria dar.
Foi aí que, de repente, ele começou a tocar em um assunto que me incomoda fortemente. O parente, que tem mais pecados do que 99% dos maconheiros do Brasil, começou a falar mal do candomblé. Eu fiquei me coçando (eu falo? Não vou falar… Mas é melhor falar… Mas eh melhor não). Ele começou a soltar coisas do tipo:
- A umbanda é coisa do demônio. Todo mundo que participa daquilo está no inferno. Eles fazem sacrifícios de crianças…
Eu decidi entrar na discussão ao ver pessoas (sensatas) balançando a cabeça pra ele… E meio que concordando… E pensei… “Foda-se…”. Eu estava incomodado com aquilo… então tinha que ser educado. Então pedi a palavra e perguntei:
- Fulano, você tá aí falando mal do candomblé… Mas pensa numa coisa… E se, quando chegar sua hora, e você ascender aos céus… E ver que, na verdade, você estava seguindo a religião errada e a religião real é a do candomblé… Como você vai se explicar pra Iansã?
Surgiu um sorriso amarelo na criatura… Silêncio na mesa… E o cara começou a ser evasivo…
- Não… Mas minha religião eh a certa…
- Mas quem te disse? Você conhece alguém que voltou de lá e disse isso?
- Não… Mas tenho certeza que eh a certa.
Moral da história: O assunto religião parou naquele mesmo instante e ninguém mais fala disso nos encontros familiares.
Fica a dica para geral…
E eu pergunto a todos… (Principalmente os religiosos) E se sua religião for a errada?
Eu, agnóstico, já dou uma de João sem braço… “Eu acreditava em você, ó deus de verdade… eu só não sabia que era especificamente você… E não segui suas leis por desconhecimento…”
Eu não tenho medo de criar ambiente desconfortável pra ninguém, muito menos pra crente. Se começar a me encher muito o saco eu vou logo criar um climão e que se foda. Não gostou, então não traga determinados assuntos pra mim. Assim eu filtro muita merda na minha vida, porque daí as pessoas vão passar a não me procurar mais ou, pelo menos, não falar merda perto de mim
Eu não acredito nessa de religião, e se alguém depende dela para fazer as coisas certas essa pessoa deve ter algum problema, —faça a coisa certa, tenha caráter é nisso que eu acredito.
O seu tópico me lembrou na hora desse vídeo.
Eu sigo a mesma máxima que com provas e entrevistas, faço oque acho certo e estou sempre reavaliando minhas posições, focar no que é importante pra mim tende a funcionar melhor que me adaptar a avaliação.
A avaliação não é minha responsabilidade, quem vai me avaliar que se vire pra decidir seus critérios, eu sou católico acredito em um Deus, mas se quando eu chegar lá quem for julgar for um macaco ancestral que vai considerar muito mais atos de violência que de altruísmo, isso foge do meu controle então não tô nem aí.